Domingo, 18 de Maio de 2008
«Às perdas humanas e às destruições materiais, é preciso juntar ruínas de um carácter diferente: a desorganização da sociedade, sobretudo no Leste. É talvez a Polónia que apresenta, a este respeito, o caso mais dramático. Os alemães, senhores do território durante seis anos, empreenderam a destruição sistemática de todas as elites – intelectuais, administrativas, espirituais, políticas –, de maneira a deixarem este país sem quadros nem possibilidades de se reerguer. (…)
Finalmente, na ordem dos sentimentos, a guerra e as suas atrocidades (…), o extermínio sistemático de milhões de judeus, deixam vestígios duradouros, ressentimentos contra a Alemanha e a Itália, variando de intensidade segundo os países, mais intensos, por exemplo, na Holanda e na Noruega do que em França, e mesmo ressentimentos entre nacionalidades vizinhas ou fazendo parte do mesmo Estado.
A tarefa de reconstrução parece, pois, em 1945, muito mais vasta e também muito mais difícil do que [a que acontecera] um quarto de século mais cedo [1.ª Guerra Mundial].»
René Rémond, Introdução à História do Nosso Tempo
Sintetize o balanço da 2.ª Guerra Mundial.
«Qual foi, perante a política de Hitler, a atitude dos demais Estados europeus?
(…) A política britânica foi relativamente simples: certas reivindicações alemãs, como por exemplo a remilitarização da Renânia ou a união com a Áustria – embora estivessem em contradição com os tratados –, não lhe pareciam desrazoáveis, e daí, até 1939, a convicção de que, não se lhes opondo, se poderia desarmar e amaciar o ditador alemão. (…)
A política francesa foi mais complexa. A partir da subida de Hitler ao poder, certos homens de Estado franceses persuadiram-se de que, perante o renascer do perigo alemão, a política de segurança colectiva estava ultrapassada. (…) A política externa francesa foi apenas uma sucessão de abandonos perante as exigências alemãs – uma “política de decadência” que se explicava pelo medo/pânico de não ter dos Ingleses e que, portanto ia a reboque deles (…). Na aparência, as políticas inglesa e francesa eram próximas uma da outra; mas num caso a política era assumida conscientemente e no outro não passava de uma expressão de fraqueza que procurava justificar-se numa opinião pública visceralmente pacifista.
Havia ainda a União Soviética, cuja política balançou entre dois pólos: a sua hostilidade ao nazismo , que por sua vez se declarava ferozmente antibolchevista, e a sua hostilidade ao sistema de Versalhes, entre cujas vítimas se contava.
(…) No decurso dos anos 30, a Europa voou em pedaços. A crise económica foi o detonador de uma crise política, ideológica, moral, etc. (…) Em 1939, a crise dos anos 30 terminava, para o pequeno continente europeu – esquartejado entre o comunismo, o fascismo e a democracia –, numa nova tragédia em que ele iria jogar em horrores a sua bimilenária história.»
Jean Carpentier e François Lebrun, História da Europa, Editorial Presença
Explique a atitude dos estados europeus face à política do eixo nazi-fascista.
Sábado, 3 de Maio de 2008
A Sociedade de ordens do Antigo Regime
http://elchistoria.blogs.sapo.pt/8154.html
O poder absoluto
http://elchistoria.blogs.sapo.pt/8292.html
A filosofia das Luzes
http://elchistoria.blogs.sapo.pt/8796.html
A Revolução Francesa – paradigma das revoluções liberais e burguesas
http://elchistoria.blogs.sapo.pt/10360.html
A Revolução Liberal de 1820
http://elchistoria.blogs.sapo.pt/10853.html
Atenção: Os alunos devem ler e analisar, com particular atenção, os comentários/resumos da autoria de "História".
Relembro que os resumos não se substituem ao manual nem limitam o estudo, apenas ajudam a esquematizar os conhecimentos com um raciocínio ordenado.
Bom trabalho!
Publicado por História às 03:59
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