«Às almas dilaceradas pela dúvida e o negativismo do século, procurámos restituir o conforto das grandes certezas. Não discutimos Deus e a virtude; não discutimos a Pátria e a sua História; não discutimos a autoridade e o seu prestígio, não discutimos a família e a sua moral; não discutimos a glória do trabalho e o seu dever.»
Salazar, Discurso de 28 de Maio de 1936
Em que consistiram os "dez mandamentos" do Estado Novo?
«Os Judeus é que apresentam um mais acentuado contraste com o Ariano. (...) O povo judeu, apesar das suas aparentes aptidões inteletuais, permanece sem nenhuma cultura verdadeira e, sobretudo, sem cultura própria. O que ele hoje apresenta como pseudocivilização é o património de outros povos, já corrompidos pelas suas mãos. (...) O judeu não possui qualquer força susceptível de construir uma civilização e isso pela razão de não possuir, nem nuca ter possuído, o menor idealismo, sem o qual o homem não pode evoluir nem sentido superior. Eis a razão poque a sua inteligência não serve para construir coisa alguma; ao invés, serve para destruir. (...)
A sua expansão através de países sempre novos só principia quando neles existem condições que lhe assegurem a existência, sem que tenha de mudar de domicílio como o nómada. É, e será sempre, o parasita típico, um bicho que, tal qual um micróbio nocivo, se propaga cada vez mais, assim que se encontra em condições propícias. A sua acção vital assemelha-se igualmente à dos parasitas, onde ele aparece. O povo que o hospeda vai-se extreminando mais ou menos rapidamente.»
Adolf Hitler, Mein Kampf, capítulo XI, "O Povo e a Raça"
Relacione as perseguições anti-semitas com a violência racista nazi.
«Nenhum indivíduo, qualquer que seja a sua posição, modesta ou elevada, tem o direito de usar a sua liberdade em detrimento da liberdade do seu povo. (...) O mesmo é válido para o artista. A arte não é um conceito absoluto, não existe senão na vida do povo. (...)
A cultura é a expressão superior das forças criadoras de um povo. O artista é o intérprete inspirado dessa cultura. Seria insensato da parte dele supor que a sua missão divina se poderia cumprir fora do povo. Ela só existe em função do povo. (...) Se um artista abandona o terreno sólido que o povo lhe oferece (...), então encontra-se rasgada a via para os inimigos da civilização, sob cujos golpes o artista acabará também por cair.»
Discurso de Goebbels, em 15 de Novembro de 1933
Indique formas de enquadramento das massas nos regimes fascistas.
«A democracia é um regime sem rei, mas que o substitui por numerosos reis, por vezes mais exclusivos, mais tirânicos, mais numerosos que um rei-tirano (...). O fascismo rejeita na democracia a mentira absurda e convencional da igualdade política, o hábito da irresponsabilidade colectiva, o mito da felicidade e do progresso indefinidos. (...) Anti-individualista, a concepção fascista é feita para o Estado (...). Para o fascista tudo está no Estado, nada de humano ou espiritual existe fora do Estado. Nesse sentido o fascismo é totalitário e o Estado fascista, a síntese e unidade de todo o valor, interpreta, desenvolve e dá potência à vida integral de um povo.
Nem agrupamentos (partidos políticos, associações, sindicatos), nem indivíduos fora do Estado. Por consequência, o fascismo opõe-se ao socialismo, que retrai o movimento histórico a ponto de o reduzir à luta de classes e que ignora a unidade do Estado que, por si, funde as classes num único bloco económico e moral. (...) O Estado fascista, que é a forma mais poderosa e elevada da personalidade, é uma força (...) que resume todas as formas da vida humana.»
Mussolini, A Doutrina do Fascismo, 1930
Identifique os princípios do fascismo.
http://www.youtube.com/watch?v=KlyjST4UgEI&NR=1
http://www.youtube.com/watch?v=qtL4oxDRbTg
http://www.youtube.com/watch?v=_3YhtcvnObw&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=-la73AmMgEI&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=2PCLhIaqcLU&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=L2jqRwo5MHo
http://www.youtube.com/watch?v=ilXVkgmJk2E&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=80lLU5-yji8&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=ilXVkgmJk2E&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=huRgKOlVMZM&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=etUjAbuqazw&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=qnb9YarAOFM&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=yX6HZu3nV8o&feature=related
«[A Depressão iniciada em 1929 tomou os] conflitos entre as diversas classes sociais ainda mais profundos e explosivos. Os sectores mais explorados da população – os operários e os camponeses – passaram a reclamar de forma mais contundente soluções sociais que melhorassem suas condições de vida.
Os regimes democráticos liberais revelaram-se incapazes de solucionar os grandes problemas sócio-económicos da época. O impacto da crise provocou, então, em diversos países, um enfraquecimento das ideias liberais democráticas. Por outro lado, ampliavam-se e fortaleciam-se, dentro dos Estados capitalistas, as atribuições do Poder Executivo. (...) Além da crise do capitalismo (...) [um outro importante] factor promoveu o recuo do liberalismo, abrindo espaço ao avanço dos regimes totalitários, em alguns países particularmente abalados pela crise. Era o medo, alimentado pelas classes dominantes, da expansão dos movimentos socialistas, revigorados pelo exemplo da Revolução Soviética.
Os partidos de orientação marxista, empenhados em organizar o proletariado contra a exploração capitalista, representavam uma ameaça aos interesses dos grandes banqueiros e industriais. Para salvar esses interesses, significativa parcela das classes dominantes apoiou a ascensão das doutrinas totalitárias, que prometiam restabelecer a ordem e a disciplina social.»
Gilberto Cotrim, História e Consciência do Mundo, Ed. Saraiva
Identifique o contexto em que emergiram as opções totalitárias nas décadas de 1920 e 1930.
«Na famosa "quinta-feira negra", 24 de Outubro de 1929, os títulos postos à venda [na Bolsa de Nova Iorque, em Wall Street] não encontram compradores (...): cerca de 70 milhões de títulos são lançados no mercado sem contrapartida. É a derrocada das cotações: a perda total avaliada em 18 mil milhões de dólares. O fenómeno repete-se nos dias seguintes, amplia-se por um processo cumulativo que abala a confiança, mola real do crédito na economia liberal. (...) Esta crise de crédito revela a sobreavaliação dos valores (...). A crise sanciona, pois, uma especulação excessiva, uma inflação do crédito. Para os especialistas, trata-se de um acidente técnico que saneará o mercado e permitirá o regresso à ordem (...). Todavia, contrariamente à expectativa geral dos técnicos, do presidente [dos Estados Unidos, Hoover] e dos eleitores que nele tinham votado, a crise instala-se, perdura e atinge outros sectores da economia americana e também outros países. (...)
É como uma paragem cardíaca.»
René Remond, Introdução à História do Nosso Tempo, Gradiva, 1997
Contextualize o aparecimento da Grande Depressão de 1929.
http://www.youtube.com/watch?v=TCNKq0-9p3w&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=c4-hg18ZUfA&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=9_FFwbcAaI4&feature=related