“O fundamento da constituição democrática é a liberdade. Costuma afirmar-se isso, sob alegação de que apenas nesse regime se goza de liberdade; esse é, segundo se diz, o objectivo que visa toda a democracia. Uma das características da liberdade reside em ser governado e governar à vez.
A justiça democrática consiste na igualdade segundo o número e não segundo o mérito. De tal noção de justiça resulta que a soberania estará necessariamente no povo e que a opinião da maioria deverá ser o fim a conseguir e deverá ser a justiça. (…) Como resultado disso, nas democracias, os pobres são mais poderosos do que os ricos: são em maior número e a autoridade soberana está na maioria. Esse é, pois, um sinal de liberdade que todos os democratas colocam como marca do regime (…).
É que a igualdade não consiste em os pobres possuírem mais poder do que os ricos ou serem os únicos detentores da soberania, mas terem todos, uns e outros, por igual, de acordo com o número. Deste modo poderiam considerar que estavam asseguradas na Constituição a igualdade e a liberdade.”
Aristóteles, A Política, III
- Segundo Aristóteles, como se expressam a "liberdade" e a "justiça democrática".
De Ana M. Joana S. a 11 de Novembro de 2009 às 16:52
A democracia ateniense, ocupava um lugar destacado no conjunto das cidades-Estado gregas. Tornou-se num exemplo por toda a Grécia, devido ao seu poder económico e militar. Um dos aspectos mais importantes que contribuíram para o prestigio desta cidade foi a sua forma de governo. Vivia-se num estado de democracia, contudo, o primeiro sistema democratico não se implantou facilmente, devido ao governo da cidade estar reservado a um conjunto de ricos proprietarios que não aceitaram facilmente abrir mão do seu poder. A igualdade política entre todos os cidadãos de Atenas conduziu a um longo caminho de revoltas populares, de instabilidade e de reformas ousadas.
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