Sábado, 26 de Janeiro de 2013
Greve durante a I República
O País não produzia nem a metade do necessário para o seu consumo. (...) E foi assim, nestas condições, sem agricultura, sem indústria, sem navegação, que a Guerra veio surpreender Portugal. E foi sob um regime de salário baixíssimo e de um custo de vida exorbitante (...) que nós, operários, nos encontrávamos.
Movimento Operário perante a Guerra e as Condições de Paz, União Operária Nacional, em 1917
Partindo dos documentos, avalia a concretização das reformas económicas da Primeira República.
Publicado por História às 10:50
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De Joana Aguiar a 23 de Abril de 2012 às 21:44
A tentativa da implantação destas medidas foi acompanhada por uma grande instabilidade governativa e, mais tarde, com a participação portuguesa na Primeira Guerra Mundial a situação de conflito e desequilíbrio económico aumentou o descontentamento social.
Podemos então concluir que as medidas económicas adotadas pelo Governo não foram bem sucedidas.
A população Portuguesa, especialmente os estratos mais desfavorecidos, deparavam-se com falta de bens de consumo, racionamentos e especulações. A juntar a isso, tal como ilustra o documento “O País não produzia nem metade do necessário para o seu consumo”, o que fez aumentar o défice da balança comercial. Assim como a dívida pública, devido à diminuição das receitas orçamentais e ao aumento das despesas. Levando o país a uma situação preocupante com a desvalorização da moeda e consequentemente uma inflação galopante.
Repercutindo-se num encarecimento do custo de vida e na diminuição do poder de compra. Sendo a classe operariado a mais prejudicada e fez-se ouvir através de greves e agitações sociais com contornos violentos.
Por Alexandra Marques e Joana Aguiar
De João Figueiredo a 6 de Maio de 2012 às 22:46
Desde já é de salvaguardar a excelente resposta da Joana e da Alexandra, apenas acrescentaria que houve um aumento do fluxo monetário que foi uma das principais razões que justificam o aumento da inflação. Por fim acrescentaria o facto de todas estas politicas terem levado a revoltas e manisfestações, realçando a mais importante a 28 de maio de 1926 em braga que acabaria por instaurar a ditadura militar.
De
História a 7 de Maio de 2012 às 16:42
De facto, durante a 1.ª República surgiram, também, golpes militares que estabeleceram períodos de ditadura, tais como em 1915 com Pimenta de Castro e, entre 1917 e 1918, com Sidónio Pais. Este último instaurou a "República Nova", um regime autoritário, vindo contudo a ser assasinado em dezembro de 1918.
Embora, a partir de 1923, a situação geral do País tivesse registado algumas melhorias (por exemplo, redução da dívida pública), a 1.ª República iria ser derrubada. Em 28 de maio de 1926, o General Gomes da Costa inicia uma revolta, a partir de Braga, numa marcha militar em direção a Lisboa. Ao longo do percurso, conquistou a adesão de largos setores do exército. Ao chegar a Lisboa, o Governo já se havia demitido e o Presidente da República, Bernardino Machado, renunciou ao cargo. O golpe militar impôs a dissolução do Parlamento, a suspensão das liberdades individuais, a censura à imprensa e o poder passou a ser assumido por militares. Estava instaurado um regime de ditadura militar.
Continuação de um bom trabalho!
De Inês Dias a 3 de Junho de 2013 às 23:26
A imposição das reformas económicas da Primeira República a par da instabilidade politica porque passávamos, e mais tarde a entrada de Portugal na Primeira Guerra Mundial tiveram resultados desastrosos. As reformas não traziam sustentabilidade ao país, tal como nos é dito no documento fornecido, “O País não produzia nem a metade do necessário para o seu consumo.”, estávamos desprovidos de industria, agricultura e transporte e ainda tínhamos de sustentar a nossa entrada na guerra. Esta crise económica arrastou-nos para uma crise social, onde principalmente as classes mais baixas passavam por extremas dificuldades, o custo de vida era altíssimo, a moeda estava extremamente desvalorizada e par disso tínhamos uma inflação crescente, “E foi sob um regime de salário baixíssimo e de um custo de vida exorbitante (...) que nós, operários, nos encontrávamos.”, isto levou-nos a grandes greves, muita revolta e até atentados.
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